como a IA vai ensinar tudo a todos? - com Sal Khan
pioneiro do ensino online compartilha comigo o que ele enxerga para o futuro da educação na era da IA
Fala aí, belesma?
Hoje eu trago uma conversa que me marcou profundamente, e que mostra de forma clara o impacto real da inteligência artificial na educação.
Tive a honra de conversar com Sal Khan, fundador da Khan Academy, uma das maiores plataformas educacionais do mundo. Falamos sobre aprendizagem personalizada, o papel dos professores na era da IA, o equilíbrio entre tecnologia e humanidade, e como a IA pode transformar não só o ensino, mas também o modo como pensamos e aprendemos.
Mas antes, quero dar destaque para a Inner AI, um hub completo que reúne múltiplas ferramentas de inteligência artificial em uma única plataforma. Imagine ter ChatGPT, geração de imagens, criação de áudio e muito mais sem precisar de várias assinaturas diferentes - é exatamente isso que a Inner AI entrega.
Também quero lembrar que além de ser Chief AI Officer da Exame, eu também sou coordenador dos programas de pós-graduação em Inteligência Artificial para Negócios da Faculdade Saint Paul e por isso eu consegui uma condição especial pra você que acompanha a minha newsletter, basta clicar aqui pra acessar!
Como de costume, trouxe aqui a versão em vídeo dessa newsletter, para assistir na íntegra, basta clicar no link abaixo:
Quando a IA se torna uma aliada da educação
Sal Khan começou explicando como o conceito de aprendizagem para domínio (mastery learning) mudou sua visão sobre o ensino.
Em vez de todos os alunos avançarem no mesmo ritmo, a ideia é simples: ninguém segue em frente até realmente dominar o conteúdo.
Com a inteligência artificial, isso finalmente é possível.
Cada aluno pode aprender no seu ritmo, com apoio constante, feedback imediato e caminhos personalizados.
“A IA não vai substituir professores, vai torná-los ainda mais poderosos.”
Essa frase define a essência da nova era da educação.
Professores, relaxem: a IA não veio tomar o seu lugar
Muitos educadores ainda temem que a IA substitua seus trabalhos.
Mas, como Sal explicou, a IA é uma ferramenta que amplia o alcance humano, não o reduz.
Ela cuida do planejamento, sugere atividades, adapta exercícios e dá feedback.
Com isso, o professor tem mais tempo para o que realmente importa: ensinar com empatia, olhar nos olhos, inspirar e motivar.
A IA automatiza tarefas, o professor transforma pessoas.
Aprendizado sem fronteiras (mas com cultura local)
Um ponto importante da conversa foi a adaptação cultural.
A Khan Academy não é apenas traduzida, ela é recriada por especialistas locais em cada país, inclusive no Brasil, para refletir idioma, currículo e contexto.
“Ensinar tudo a todos não significa ensinar tudo igual.”
Personalização também significa respeitar a cultura e a realidade de cada aluno.
O perigo de deixar a IA fazer tudo por nós
Um dos maiores riscos apontados por Sal Khan é o da passividade.
Se o aluno usa a IA apenas para “resolver por ele”, perde a curiosidade e o raciocínio.
A solução?
Transformar a IA em parceira ativa de aprendizado, e não em atalho.
Usá-la para pensar melhor, não para deixar de pensar.
Educação emocional e saúde mental com IA
Talvez o momento mais inesperado da conversa tenha sido quando Sal contou que sua própria filha usou o ChatGPT como uma forma de autoconhecimento emocional.
A IA ajudou a menina a enxergar o irmão com empatia, lembrando-a de que aquele momento juntos seria valioso no futuro.
Não foi terapia, mas um lembrete humano vindo de uma máquina.
Isso mostra que, com responsabilidade, a IA pode ampliar a consciência e o diálogo emocional, não apenas o aprendizado técnico.
Brasil na frente: o caso do Paraná
Pouca gente sabe, mas o maior programa de implementação da Khan Academy com IA no mundo está no Brasil, e é no estado do Paraná.
Mais de 1,5 milhão de alunos usam a plataforma em sala de aula.
Os resultados?
Estudantes que dedicam apenas 60 minutos semanais à prática já mostram desempenho 20% a 40% melhor em comparação a outros alunos.
O que pode dar errado (e o que pode dar muito certo)
Sal Khan foi direto:
“O pior cenário é um mundo onde ninguém aprende mais, porque a IA faz tudo por eles.”
Mas ele também acredita no oposto: um futuro onde as habilidades dos melhores alunos do mundo se tornem acessíveis a todos, graças à IA.
Um futuro onde professores se tornam mentores, e cada aluno tem um tutor digital que o acompanha ao longo da vida.
A lição final
A conversa terminou com uma reflexão poderosa:
“O futuro da IA não é sobre substituir o humano, mas sobre amplificar o que há de mais humano em nós.”
A educação está mudando.
E o melhor jeito de se preparar não é resistir, é aprender a usar a tecnologia com propósito, consciência e curiosidade.
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Até a próxima, — Miguel, seu Chief AI Officer preferido.
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